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Acne na adolescência


Departamento Científico de Dermatologia A acne é uma doença de pele bastante frequente que acomete cerca de 80% dos adolescentes, entre os 11 e 20 anos de idade. Os hormônios sexuais, que começam a ser produzidos na puberdade, são os principais responsáveis pelas alterações da pele, que se torna oleosa, com cravos, espinhas, nódulos e cicatrizes. A acne aparece principalmente na face, mas também nas costas, ombros e peito. O mecanismo pelo qual a acne ocorre envolve quatro pontos principais: aumento da secreção sebácea; obstrução dos poros; proliferação bacteriana; e inflamação.

  • Há diferentes níveis de manifestação dessa doença?

A acne pode ser classificada em não inflamatória ou grau I (quando predominam os cravos) e acne inflamatória, quando começam as lesões mais avermelhadas e com formação de pus, nódulos e cicatrizes, que podem ser classificadas em graus II, III e IV, dependendo da gravidade do quadro. O controle da acne é recomendado não só por razões estéticas (melhora da aparência geral), como também para preservar a saúde psíquica do adolescente e prevenir as cicatrizes (marcas da acne) difíceis de corrigir na idade adulta.

  • O que pode estimular o aparecimento da acne?

É importante lembrar que existem situações que podem piorar a acne, como a utilização de medicamentos (anticonvulsivantes, corticosteroides, lítio, algumas pílulas anticoncepcionais, vitamina B12), anabolizantes e determinados cosméticos. Note-se ainda que a acne pode ser indicativa de alguma alteração hormonal (síndrome dos ovários policísticos, hiperplasia de suprarrenal, puberdade precoce, etc.). Por isso, o tratamento deve ser acompanhado por um médico, que terá as condições de escolher adequadamente a medicação para cada caso, e investigar se julgar necessário.

  • Quais as formas mais simples de prevenção da acne?

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por meio de seu Departamento de Dermatologia, tem recomendações fáceis de seguir por qualquer pessoa. Primeiro, lavar o rosto apenas duas vezes ao dia com produtos específicos. Lavar mais vezes pode irritar a pele ou deixá-la mais oleosa, porque o seu corpo entende que, quanto mais se lava, mais oleosidade ele deve produzir. Evitar o hábito de beliscar as espinhas (acne), pois isso pode deixar marcas permanentes. Finalmente, sempre utilizar filtro solar e maquiagens adequadas para pele oleosa. Em caso de dúvidas, procure um médico para ter a melhor orientação para prevenir e tratar o problema.

  • O fato dos meus pais ou irmãos terem tido acne grave indica que eu tenho maior probabilidade de ter acne?

Sim. Sabe-se que o surgimento da acne tem grande influência genética. Desta maneira, se os pais ou irmãos tiveram acne grave, indica-se o acompanhamento e tratamento logo no início dos sintomas, a fim de se promover um melhor controle e evitar cicatrizes.

  • Limpeza de pele ajuda?

Sim. No entanto, esse procedimento deve ser feito por profissionais treinados, com limpeza adequada, sem manipulação excessiva. Ressalte-se que este é um tratamento coadjuvante, ou seja, feito de maneira conjunta com o tratamento medicamentoso.

  • A exposição ao sol piora a acne?

Depende. Num primeiro momento o Sol pode atuar de maneira a “secar” mais rapidamente as lesões. Contudo, a sudorese excessiva e a utilização de filtros oleosos ou oclusivos podem piorar sua manifestação.

  • A alimentação influencia no aparecimento da acne?

Depende. A acne é muito mais influenciada pelas alterações hormonais do que pela alimentação. Existem estudos que mostram que determinadas dietas podem piorar a acne, mas dietas restritivas também não parecem ser benéficas. Conclusão: cada caso deve ser analisado isoladamente e uma alimentação saudável e balanceada é encorajada. Ou seja, comer um chocolate de vez em quando está liberado, sem exageros.

  • O estresse e as oscilações hormonais contribuem para o aumento da acne?

Sim. Quando estamos estressados, produzimos maior quantidade de cortisol e este hormônio pode agravar a acne. Por exemplo, no período pré-menstrual, quando ocorre maior oscilação hormonal (às vezes também no meio do ciclo) é comum as adolescentes reclamarem que, além da TPM (tensão pré-menstrual), aparecem mais espinhas.

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